quarta-feira, 13 de maio de 2015

Diário filosófico de Olavo: novo curso, Marco Antonio Villa, diplomas, etc.

ESCRITO POR OLAVO DE CARVALHO | 12 MAIO 2015 
ARTIGOS - CULTURA
Resposta do Villa aos meus argumentos, transmitida pela TV Cultura: "O Olavo não terminou nem o ginásio."
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Minha filha Maria Inês tem um diploma de História pela USP, igualzinho ao do Marco Antonio Villa. Só que ela sente um pouco de vergonha disso.
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Impossibilitado, pelas leis da lógica, de responder aos meus argumentos, o Villa não está debatendo nada, nem discordando de nada. Está apenas empenhado numa ostensiva campanha de difamação. Se faz isso induzido por um monstruoso e justo complexo de inferioridade intelectual ou se age a mando de algum interesse financeiro, político ou vaginal, não sei. O que sei é que vem se comportando, na mais generosa das hipóteses, como um aspirante a Veadasco.
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Este mundo é mesmo injusto. Eu, que só tenho o curso primário, obtive mais honrarias acadêmicas, prêmios internacionais e referências elogiosas de intelectuais de três continentes do que o Villa, em dez vidas que vivesse, jamais poderia sonhar em obter, ele que tem DIPROMA. Não é mesmo de ficar arrevortado?
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A ignorância não se torna sabedoria, nem o errado certo, nem o falso verdadeiro, por espalhar-se entre muitas cabeças ou reiterar-se ao longo do tempo. Muito menos tem o dom de fazê-lo mediante um carimbo do Ministério da Educação.
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Cortesia da Celina Vieira: Eu responderia assim: e o Villa, vejam só, terminou não só o ginásio, como o científico e a faculdade.
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Alguém deve dar os seguintes esclarecimentos ao Villa: astrólogo, no Brasil, é profissão reconhecida pelo Ministério do Trabalho (v. Código Brasileiro de Ocupações, item 5167-05), de modo que ninguém pode ser, dentro da lei, acusado de "embusteiro" pelo simples fato de exercê-la. Para poder usar desse rótulo sem cometer crime de difamação, seria preciso provar que cometi algum crime no exercício dessa profissão, a qual abandonei 35 anos atrás, no tempo em que o Villa servia ao embuste genocida do comunismo maoísta.
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"Ambivalência da fama. Junto com ela aumentam também os ataques. A partir de certo tamanho, cada um tem seu perseguidor profissional." (Ernst Junger)
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No Brasil, o conhecimento, definitivamente, não importa. O que importa é USPAPÉR.
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Num país em que 50 por cento dos formandos de universidades são analfabetos funcionais, exibir diploma como prova de superioridade é um caso legítimo de "Peidei no pau dele".
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Não é à toa que o Marco Antonio Villa declara que não está nem ligando para o Foro de São Paulo. Tudo o que ele diz pressupõe, de fato, uma completa ignorância desse assunto. Ele não sabe sequer que quem colocou o Chávez no poder foi o Foro. Ele imita bem a linguagem acadêmica para dar ares de quem está dizendo alguma coisa. É um charlatãozinho patético.
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Apresentação do curso “A Formação da Personalidade”
“Personalidade” é a forma mais ou menos estável e reconhecível que a individualidade humana consciente assume perante outras consciências e perante si mesma no curso de um processo extremamente complexo de assimilações, adaptações e transformações.

A partir de uma certa etapa, a personalidade se torna co-autora de si mesma na medida em que se assume como “obra em progresso” e, mediante as escolhas do presente, tenta modelar o seu futuro e ao mesmo tempo dar um novo sentido ao seu passado.

Por essa razão a personalidade é também reconhecida, na cultura ocidental moderna, como um valor. Não só um valor de originalidade, mas de fidelidade da consciência a si mesma.

O processo de formação e autoformação da personalidade pode ser descrito como um drama histórico ou biográfico, mas o próprio ato de descrevê-lo se incorpora ao processo e o modifica na medida em que o esclarece.

Investigar a formação da personalidade é também reforçá-la e recriá-la. Daí a necessidade de articular, nessa investigação, os aspectos puramente científico-descritivos e a meditação interior, o que transforma a investigação, ao menos parcialmente, num ato criador.

É esse o método que será seguido neste curso.
Colonial Heights, VA, 18 a 23 de maio de 2015
Informações e inscrições: Marcela Andrade
marcelacandrade@gmail.com

Fone: 062-8100-9796

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Nada mais significativo do que a declaração recente de Raul Castro. Ele não disse que voltará à Igreja, mas que o fará "SE O PAPA CONTINUAR ASSIM", esclarecendo, imediatamente após: "Sou comunista." O sentido não poderia ser mais evidente: Voltarei à Igreja se ela passar a admitir comunistas, como parece ser a inclinação do Papa. Dito de outro modo: voltarei à Igreja quando ela for a Igreja dos sonhos de Antonio Gramsci, uma "caixa de ressonância para as propostas comunistas".
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Em casa eu estava lendo Goethe e Shakespeare, e no ginásio me faziam ler "A Moreninha". Foi assim que, na primeira oportunidade, decidi sair da escola para não voltar nunca mais, pois não sou couro de pica pa tá pa frente e pa traiz.
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Identidade sexual ou racial é um dado anatômico objetivo, mas nossos legisladores decretaram que pode ser mudada à vontade, mediante simples declaração de que o sujeito assim o deseja. Pergunto-me quando o mesmo critério será adotado para dados menos permanentes, e até convencionais, como o nosso estado civil ou o saldo da nossa conta bancária.
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Todos nós temos fantasias sexuais cujo apelo não é forte o suficiente para nos induzir a realizá-las na prática. A força dessas tentações é multiplicada pelo temor do castigo social, mediante o mecanismo que Victor Frankl chamava de "hiper-reflexão", o que sugere uma ligação de cumplicidade secreta entre moralismo e sacanagem. Só em certos casos extremos o desejo imaginário vai além da sua efetivação em atos e se converte num impulso de mudar a ordem do mundo para tornar socialmente aceitável, ou até meritório, aquilo que antes só podia existir como segredo inconfessável. Aí o mero desejo sexual se transmuta em fantasia de onipotência, que, pela própria natureza do seu mecanismo intrínseco, não conhece limites e não se contenta senão com a total destruição revolucionária da ordem social. O sujeito começa querendo dar e termina fodendo com o mundo.
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Dizer que o eu não existe, que só existem percepções e estados, é EXATAMENTE O MESMO que dizer que melodias não existem, que só existem notas isoladas. Há muitas teorias filosóficas que não passam de surdez tonal.
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O dr. José Carlos Graça Wagner, por ter denunciado pioneiramente o Foro de São Paulo, foi alvo de tantos ataques judiciais que no fim seu escritório de advocacia tinha um só cliente: ele mesmo. Querem fazer a mesma coisa comigo no jornalismo: me obrigar a torrar o saco do leitor com artigos de pura autodefesa.
Não vou fazer isso não.

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